terça-feira, 12 de agosto de 2014

Um texto só pra mim

Feridas que são expostas
Hematomas de saudade
Eu disfarço a minha dor, fingindo estar bem
Ela se preocupa com minhas respostas
Que lhe dou sem maldade
Só ofereço o meu amor, e só com ela consigo estar bem
Impaciência, desespero, depressão
Aí ela chega, acalma meu coração
Choro, vazio e solidão
Ela chega novamente, convertendo em paixão
Delírios, mau humor e aflição
Ela volta paciente, e me mostra a direção
Ela precisa de apoio
E o que eu posso fazer?
Não acho as respostas, e começo a adoecer
Ela precisa de ajuda
E até agora, o que eu fiz?
Nada, e eu sigo a perecer
Ela me recolhe do chão
Diz que eu faço muito
E eu não aceito não, pois quero lhe dar o mundo
Eu não tenho crença, não creio em mim
Mas se eu tenho o amor dela, por que fico triste assim?
É contradição! Mas quem disse que a vida é um protocolo?
Não faço a barba, não penteio o cabelo, não tenho dinheiro
Ando de ônibus, não olho nos olhos, sou melancólico.
E ainda assim, pra ela sou belo. Por que?
A amo como Cash amou June
Nossos planos de vida são como Cash viveu com June
E quero morrer ao lado dela, como Cash se foi, semanas após June
Quero me reinventar
Quero me superar
Quero me arrancar daqui
Quero te proteger
Quero te compreender
Quero te trazer pra sempre aqui.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Tudo ainda é pouco
E pouco que eu não mudo
Se com pouco não te iludo
Em teus braços me acudo

(Leandro Tavares)
Eu que sempre fui libertino, perigoso e cretino
Eu repouso, no amor e em seu destino.

(Leandro Tavares)
Ela é poetisa, e é poetada.
Ela sorri e me congela
Ela por mim, eu por ela

(Leandro Tavares)

Café

Café
(Leandro Tavares)

Passando a madrugada
Fazendo nada, pensando em nada
Querendo tudo
Coração mudo
Passando a madrugada
Sozinha na cozinha
A luz acesa
Café na mesa
Ela dança, e respira fundo
Querendo que o mundo
Vá lhe abraçar
Ela cansa, não por ser mulher
E o nosso café
Nos testemunhar

terça-feira, 20 de maio de 2014

Exploração intelectual

Exploração intelectual
(Leandro Tavares)

Sondagens que viram diálogos
Sensações que viram tato
Medos que viram desafios
Advertências, verdades duras.
Pisando em ovos: um dito popular aplicado quando é necessário uma cautela em nível extremo, onde um pequeno deslize pode se causar um grande estrago.
E é pisando em ovos a minha mais recente descoberta de relação, onde sondagens viram diálogos, onde sensações viram tato, e onde os medos viram desafios.
Alguém que explora o melhor de mim, sobre tudo que sei, e o que eu não sei
Onde além de agora, o que é melhor assim, de quando te vi, mas não lhe encontrei
E entre os mais diversos temas como música, futebol e religião
E que me me vejo entre cenas, caminhando sob o sol, carregando o coração
Que onde vivemos em um mundo só nosso, mas que é real
E um mundo onde faremos um ao outro uma exploração intelectual
Só quem vive sabe o que nos acontece
O que nos encanta, e o que nos aborrece
O que nos dá esperança e o que nos entristece
Se estou do seu lado
Eu não abro mão
De tirar todo esse fardo
Que está em teu coração

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Pedro e Laís

Pedro e Laís
(Leandro Tavares)

Eu não sei cantar
Não sei falar de amor
Mas sei expressar a dor que é estar longe de você
E se eu alto falar
Do tamanho da minha dor
Se a gente se casar, e eu fazer por merecer
Sobre estar só
Sobre estar feliz
Traduzido por Laís
Sobre um nó
Que eu mesmo fiz
Somos Pedro e Laís
Andando pela sombra
Pelo centro da cidade
Pelos tombos da idade
Tanto fiz, e tanto faz
Caminhando é que se encontra
A nossa felicidade
Temos compatibilidade
E devolva a minha paz.

domingo, 4 de maio de 2014

A tal "química"

A tal "química"
(Leandro Tavares)

Ela gosta de ouvir o mesmo tipo de música que eu
Assistir o mesmo tipo de filme que eu
Torce pro mesmo time
E estamos nos mesmo time / "taime"
Tem a mesma faixa etária
E também foi feita de otária
Gosta dos mesmos programas que eu
Sempre me conta os dramas que sofreu
Diz que eu sou interessante, inteligente
Mas, o que acontece com a gente?
Pode ser tudo, menos incompatibilidade
E ela pode bater em todas as portas da cidade
Não vai achar ninguém como eu
Não é por vaidade
Não por ser bonito
Não sou sociável, muito menos rico
Ela gosta quando eu toco violão
E eu cada vez mais angustiado
E ela não tem marido, noivo ou namorado
Mas ela gosta de alguém que nem se importa
Que humilha, xinga e esnoba
Que foge, viras as costas, como nunca alguém se viu
Porque toda boa moça está nas mãos de um imbecil
E quando me olha, me diz de forma cínica
Que entre nós não tem a tal "química".

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Indonésia

Indonésia
(Leandro Tavares)

Amanhã, tudo vai ser diferente
De manhã é que a gente
Precisar se proteger
E será, em instante, em segundo
Parecer o fim do mundo
Quanto tempo sem te ver
Se a força da natureza
Não levar sua beleza
Para tão longe assim
Se a força do seu sorriso
E seu solo ser meu piso
Fica aqui perto de mim.

Macaé é um lugar, Maricá é outro

Macaé é um lugar, Maricá é outro
(Leandro Tavares)

Quando eu não sabia
Pra onde ir
Por onde andar, por ir a pé
Quando essa alegria
Que eu descobri
Estava indo pra Macaé
De olhos fechados
Eu caminhei
Eu fui a pé, pra onde andar
Vi nessa cidade
Na minha idade
De Macaé à Maricá
Pouco me interessa
Quanto tempo, e quanto é
Que nada me impeça
Conto os passos que eu puder
Nem que ninguém me peça
Lá vou eu, lá mulher
E não me pregue peça
Vou morar em Macaé.